Acordou, deitada, no breu do quarto, doíam-lhe os ossos e os músculos de ter encolhido e esticado. Ouvia um zumbido tic-tac frenético no peito. A medo abriu os olhos e do escuro nasciam pontos de luz, claros, finos, doentes, fechou de novo o olhar com medo de ter cegado. A luz acompanhou-a, branca e amarela.
Olhou para o lado a fisgar a solidão e o relance riscou de vermelho o tecto do quarto, o ar faltou-lhe, os olhos dançaram e a luz azul desnorteada brincou com a alma de todas as cores. Findou-se num quarto de fluorescências. Da loucura apagou.