Queixamo-nos de pouca liberdade e não andamos tolhidos nas palavras. Enchemos o peito e as veias da testa contra ideias e ideais. Que se devia fazer e acontecer! Que são todos bom falantes ocos! Colocamos os cravos a águar em jarras, sem pistolas ou braços de ferro.
Hoje maldizemos o limite de pessoas nas salas e, nem isso é motivo para olharmos para esse limite, agora justificado, com os olhos da memória.
Perdemos o medo e perdemos a vergonha de exigir medidas e punições que lutámos por não existirem.
Precisaremos nós de terapia, ou lições de história e humanidade?
Embrulhados em sensos comuns, que têm pouco de sentido e pouco de comunidade, e aí é que está a amnésia da tortura e da verdade. Uma realidade que não vivi, mas que a sinto em tons de verde tropa, em notas musicais, da época em que criar era pecar.
Liberdade,
em mim e em ti,
estou aqui para te ouvir, para que possas falar,
e o que eu te peço é só que não o faças sem pensar!