Não estás aqui

Acabei de esticar o braço e não estás aqui,
e agora apetece-me um abraço que não vou ter,
apetece-me aninhar-me na tua pele,
cheirar-te o pescoço e ver-te sorrir,
apetece-me que me vires ao contrário,
apetece-me virar-te ao contrário,
apetece-me ver esse brilho nos olhos,
ter essas mãos a passear por mim,
apetece-me descobrir com a ponta dos dedos o que diz o teu peito,
respirar fundo contigo,
sentir esse ar na minha barriga e trocar-te as voltas.
Apetece-me perder o ritmo e o medo,
apetece-me agarrar-te com força,
apetece-me reaprender entre lençóis o que eu esqueci existir,
apetece-me lutar por te prender entre pernas e
apetece-me perder as forças e tremer,
apeteces-me…
Voltei a esticar o braço e não estás aqui!